Educação
a distância é uma modalidade de ensino diferente da tradicional, caracterizada
pela distância física entre aluno e professor, onde as novas tecnologias de
informação e comunicação são primordiais para que aconteça o ensino a distância.
Essa modalidade de ensino difere opiniões na sociedade, entre pontos favoráveis
e negativos, de um lado estão aqueles que acreditam na democratização do ensino
através da EAD e de outro aqueles que não acreditam no seu potencial e
qualidade.
Grande
parte da população não tem tempo hábil, acesso e condições para frequentar um
curso presencial, a EAD dá a oportunidade ao aluno de estudar em casa ou até
mesmo no trabalho, adaptando a rotina de estudos as suas possibilidades, diante
disso o aluno precisa assumir o papel de pesquisador, buscando com autonomia o
seu conhecimento. Em contraponto a isso a visão negativa se dá por conta da
distância, por não tem a relação física professor, aluno e colegas, pela
rigorosidade de organização e demanda de grande interesse do aluno, acreditando
ser necessário um perfil para o estudante da EAD concluir seu curso com
eficácia, gerando um certo preconceito a aqueles profissionais formados nessa
modalidade.
Apesar
das divergências de opiniões a respeito da EAD, ela é reconhecida pela LDB e
pelo MEC, essa modalidade necessita de uma didática diferenciada no processo de
ensino e aprendizagem levando sempre em conta o contexto da distância física,
com isso estimulando a aprendizagem colaborativa e a comunicação aluno,
professor e colegas. Uma equipe multidisciplinar é responsável pela preparação
do conteúdo que será disponibilizado ao aluno, contando com professores,
técnicos em informática, designer gráfico e de web, entre outros profissionais.
A organização didática se dá no planejamento dos cursos na elaboração de um
projeto político pedagógico definido conscientemente, com essa base teórica os
cursos articulam-se de forma coerente.
Diante
da necessidade de uma pratica pedagógica diferente para a EAD, para que a
aprendizagem aconteça da melhor forma possível, são propostas algumas teorias
para fundamentar essa pratica, são elas:
a) Teoria da Industrialização (Otto Peters): compara a
EAD ao processo industrial, adotando a pedagogia tecnicista, que visa preparar
o educando ao mercado de
trabalho, seguindo
instruções e não formulando um pensamento crítico.
b) Teoria
da Distância Transacional e Autonomia do Aprendiz (Michael Moore): a EAD deve
levar em conta as necessidades de seu aluno, para esse com autonomia possa
buscar informações para construir o seu conhecimento, onde o centro do processo
de aprendizagem é o aluno, essa ação pedagógica está
fixada na perspectiva estruturalista. Aborda
também a necessidade de comunicação entre professor e aluno.
c)
Teoria da Conversação Didática Guiada (Borje
Holmberg): pensamento influenciado pela pedagogia humanista, ponto central o
aluno e em sua autonomia, frisando o cuidado com a comunicação professor aluno.
Nesse modela a EAD deve ser organização de maneira a atender as especificidades
de cada aluno, adotando um método pessoal e convencional para estimular a
aprendizagem;
d)
Teoria
da Reintegração dos Atos de Ensino e Aprendizagem (Demond Keegan): modelo
pautado na pedagogia tradicional, o ensino como ponto central. Defende a
reorganização dos espaços presenciais da EAD e releva a importância da
comunicação oral.
e)
Teoria da Comunicação e Controle do Aprendiz (D.R.
Garrison): conceito da autoaprendizagem, visa a comunicação aluno e docente,
onde as novas tecnologigas são fundamentais nesse processo.
f) Teoria da Tridimensionalidade (Verdium e Clark):
reorganiza todas as demais teorias, apresentando três dimensões para alcançar o
modelo de organização da EAD eficaz, sendo elas: diálogo e suporte, estrutura e
especialização e Competência e autonomia ou autodireção.
O
Brasil conta com poucas políticas públicas voltadas a EAD, que começaram a ser
articuladas a partir de 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Diante da necessidade da formação continuada docente para a educação
básica, em 1999 é criada a SEED Secretaria de Educação a Distância, junto com
outros projetos como ProInfo e TV Escola. Criada em 2005 a UAB - Universidade
Aberta do Brasil prevê a extensão da oferta de ensino superior. Outra diretriz
refere-se aos cursos presenciais situada pela Portaria 2253/2001 do Ministério
da Educação, esse documento regulariza até 20% de carga horária a distância nos
cursos de graduação presenciais.
A
EAD vem sendo cada vez mais procurada e ofertada, essa modalidade cresce de
maneira significativa e contribui positivamente para o ensino em qualquer
segmento.
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