domingo, 20 de novembro de 2016

Educação a Distância

Educação a distância é uma modalidade de ensino diferente da tradicional, caracterizada pela distância física entre aluno e professor, onde as novas tecnologias de informação e comunicação são primordiais para que aconteça o ensino a distância. Essa modalidade de ensino difere opiniões na sociedade, entre pontos favoráveis e negativos, de um lado estão aqueles que acreditam na democratização do ensino através da EAD e de outro aqueles que não acreditam no seu potencial e qualidade.
Grande parte da população não tem tempo hábil, acesso e condições para frequentar um curso presencial, a EAD dá a oportunidade ao aluno de estudar em casa ou até mesmo no trabalho, adaptando a rotina de estudos as suas possibilidades, diante disso o aluno precisa assumir o papel de pesquisador, buscando com autonomia o seu conhecimento. Em contraponto a isso a visão negativa se dá por conta da distância, por não tem a relação física professor, aluno e colegas, pela rigorosidade de organização e demanda de grande interesse do aluno, acreditando ser necessário um perfil para o estudante da EAD concluir seu curso com eficácia, gerando um certo preconceito a aqueles profissionais formados nessa modalidade.
Apesar das divergências de opiniões a respeito da EAD, ela é reconhecida pela LDB e pelo MEC, essa modalidade necessita de uma didática diferenciada no processo de ensino e aprendizagem levando sempre em conta o contexto da distância física, com isso estimulando a aprendizagem colaborativa e a comunicação aluno, professor e colegas. Uma equipe multidisciplinar é responsável pela preparação do conteúdo que será disponibilizado ao aluno, contando com professores, técnicos em informática, designer gráfico e de web, entre outros profissionais. A organização didática se dá no planejamento dos cursos na elaboração de um projeto político pedagógico definido conscientemente, com essa base teórica os cursos articulam-se de forma coerente.
Diante da necessidade de uma pratica pedagógica diferente para a EAD, para que a aprendizagem aconteça da melhor forma possível, são propostas algumas teorias para fundamentar essa pratica, são elas:

a)    Teoria da Industrialização (Otto Peters): compara a EAD ao processo industrial, adotando a pedagogia tecnicista, que visa preparar o educando ao mercado de
trabalho, seguindo instruções e não formulando um pensamento crítico.
b)    Teoria da Distância Transacional e Autonomia do Aprendiz (Michael Moore): a EAD deve levar em conta as necessidades de seu aluno, para esse com autonomia possa buscar informações para construir o seu conhecimento, onde o centro do processo de aprendizagem é o aluno, essa ação pedagógica está
fixada na perspectiva estruturalista. Aborda também a necessidade de comunicação entre professor e aluno.
c)    Teoria da Conversação Didática Guiada (Borje Holmberg): pensamento influenciado pela pedagogia humanista, ponto central o aluno e em sua autonomia, frisando o cuidado com a comunicação professor aluno. Nesse modela a EAD deve ser organização de maneira a atender as especificidades de cada aluno, adotando um método pessoal e convencional para estimular a aprendizagem;
d)     Teoria da Reintegração dos Atos de Ensino e Aprendizagem (Demond Keegan): modelo pautado na pedagogia tradicional, o ensino como ponto central. Defende a reorganização dos espaços presenciais da EAD e releva a importância da comunicação oral.
e)    Teoria da Comunicação e Controle do Aprendiz (D.R. Garrison): conceito da autoaprendizagem, visa a comunicação aluno e docente, onde as novas tecnologigas são fundamentais nesse processo.
f)      Teoria da Tridimensionalidade (Verdium e Clark): reorganiza todas as demais teorias, apresentando três dimensões para alcançar o modelo de organização da EAD eficaz, sendo elas: diálogo e suporte, estrutura e especialização e Competência e autonomia ou autodireção.
O Brasil conta com poucas políticas públicas voltadas a EAD, que começaram a ser articuladas a partir de 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diante da necessidade da formação continuada docente para a educação básica, em 1999 é criada a SEED Secretaria de Educação a Distância, junto com outros projetos como ProInfo e TV Escola. Criada em 2005 a UAB - Universidade Aberta do Brasil prevê a extensão da oferta de ensino superior. Outra diretriz refere-se aos cursos presenciais situada pela Portaria 2253/2001 do Ministério da Educação, esse documento regulariza até 20% de carga horária a distância nos cursos de graduação presenciais.

A EAD vem sendo cada vez mais procurada e ofertada, essa modalidade cresce de maneira significativa e contribui positivamente para o ensino em qualquer segmento.

 

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